#005 - Todo fim é um recomeço
Zoom, Meta, X, AI, Ficção, Neuromancer, Genética, ciência, extinção, LGPD
Olá, pessoa
A minha, a sua, a nossa, Cereja Flamejante acaba de chegar com novidades fresquinhas para você. Vem comigo!
Nesta edição você descobrirá:
Consentimento é coisa séria
Novo capítulo na briga dos milionários
O novo pesadelo dos autores
Como o mundo funciona
Nasceu o bebê da Rihanna
GPUS da Nividia valem mais do que barras de ouro
Uma IA pela ciência
🍒 Cherry Bomb
Notícias e Tendências Impactantes
Vamos fazer um Zoom?
Depois de se tornar sinônimo de vídeochamada, a Zoom deixou a internet em polvorosa ao anunciar o retorno ao presencial. O anúncio de uma “abordagem híbrida“ foi recebido com estranheza já que seu produto é um dos grandes facilitadores do trabalho remoto. Colleen Rodriguez, head of global PR da Zoom explicou que times dispersos continuarão a se comunicar pela ferramenta.
A declaração foi dada na mesma semana em que o Zoom apareceu no Google Trends por outro motivo: seus termos de uso permitem coletar informações pessoais para treinar inteligência artificial, sem opção de revogar o consentimento.
O consentimento é um ponto sensível tanto na GDPR (General Data Protection Regulation) quanto na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), como explica Cintia Ramos Falcão:
“O consentimento é a expressão da autonomia e do controle do titular sobre os seus dados, sendo um princípio fundamental da LGPD e, recentemente, da própria Constituição Federal. Certo é que termos de uso que tentam impedir a revogação do consentimento não apenas contrariam os valores essenciais da legislação, como também são abusivos e nulos perante a lei”. - Cintia Ramos Falcão - Sócia na Ramos Falcão Consultoria e curadora do Open Finance Conference
Depois de aparecer em diversos veículos, a gestão de crise entrou em ação. Em postagem no blog, a Zoom informa que realizou mudanças nos termos de serviço e afirmou que cada usuário terá que habilitar a opção manualmente caso tenha interesse.
“Para reiterar: nós não usamos conteúdos de áudio, vídeo ou chat para treinar nossos modelos sem o consentimento do cliente”. - Smita Hashim - Chief Product Officer na Zoom
É preocupante que tenha sido necessária uma repercussão tão grande para que a empresa assumisse um posicionamento mais claro. 🤡
Conteúdo gerado por inteligência artificial
Você deve ter percebido que tanto as empresas quanto os criadores de conteúdo estão investindo em inteligência artificial para ampliar suas produções.
A consequência natural é que as plataformas invistam em mecanismos para diferenciar o conteúdo. Tanto num esforço de autodeclaração quanto para minimizar consequências legais de conteúdos “sem dono”.
O TikTok, que anteriormente havia banido conteúdos gerados por IA, trouxe a opção para que o criador declare o uso de inteligência artificial para prevenir a remoção compulsória do conteúdo. A Meta deve lançar recurso similar no Instagram e enquanto Elon Musk continua puxando briga no X (ex- Twitter), Mark Zuckerberg disse que a meta está trabalhando em recursos de inteligência artificial generativa para a modificação de fotos e criação de stories através de prompts de texto.
E se eu não contar que foi a IA?
Segundo levantamento da Reuters em fevereiro, o ChatGPT já aparecia como co-autor em mais de 200 de obras na loja do Kindle na Amazon, mas o novo pesadelo dos autores está em encontrar livros escritos por inteligência artificial, usando seu nome.
Foi o que aconteceu com a autora Jane Friedman. Apesar dos livros falsos em seu nome não estarem vinculados ao seu perfil de autora da Amazon, eles tinham resenhas associadas ao seu perfil oficial no GoodReads, gerando confusão entre os leitores.
Ambas plataformas removeram o conteúdo após a denúncia, mas a autora chama a atenção para o processo da Amazon’s Kindle Direct Publishing e também sobre a mecânica do Good Reads que permite que livros sejam creditados ao autor automaticamente sem revisão ou aprovação.
📌 ALT+TAB
Uma aba do meu navegador que foge do tema
Pequenas maneiras como o mundo funciona
Eu não me lembro ao certo quando foi que este artigo veio parar no meu favoritos. Só lembro que veio parar na minha pastinha “Ler” e que a publicação completou um ano recentemente.
Eu não sabia quem era Morgan Housel. Por conta deste artigo, descobri que ele é um jornalista e escritor premiado e que a obra “Psicologia Financeira” teve mais de 1 milhao de exemplares vendidos no mundo todo.
Em Pequenas maneiras como o mundo funciona, o autor compilou uma série de tópicos interessantes para promover a reflexão.
Se você encontrar algo verdadeiro em mais de um campo, provavelmente descobriu algo particularmente importante. Quanto mais campos ele aparecer, maior a probabilidade de ser um condutor fundamental e recorrente de como o mundo funciona.
O texto correlaciona premissas de campos diferentes para mostrar um paralelo.
Catraca de Muller (evolução): mutações perigosas tendem a se acumular quando não há recombinação genética, levando à extinção. É por isso que tão poucas espécies se reproduzem assexuadamente.
Na ausência de variedade, as más ideias tendem a persistir, o que também é exatamente o que acontece nas sociedades fechadas e nas grandes corporações.
Catraca de Muller é uma referência ao geneticista Hermann Joseph Muller. O aspecto genético do assunto é um tanto quanto complexo, mas a essência do paralelo trazido acima é: consuma novos conhecimentos e recombine informações para não ser extinto.
Extinção humana
Numa próxima edição eu quero desenvolver melhor este assunto, mas só por hoje eu não vou falar da história da aniquilação humana na terra e nem das catástrofes ambientais que a ciência já previu.
Pegue sua pipoca e conheça a série Periféricos no Amazon Prime Vídeo.
Lançada em 2022, The Peripheral centra-se em Flynne Fisher (Chloë Grace Moretz), uma mulher que tenta juntar os pedaços de sua família desfeita em um canto esquecido da América de amanhã. A série, dos mesmos produtores de Westworld, é baseada em livro de mesmo nome do autor William Gibson, tido como o pai do cyberpunk, graças ao seu livro Neuromancer.
A série teve renovação para uma segunda temporada, mas ainda não há previsão de lançamento.
🔥 On Fire
O que está em destaque
⬆ UP
Show do Paul McCartney
Dia dos Pais
🧐 Estou de olho em: táxi voador nas olímpiadas em Paris
🚀 Hot Startups
Destaques das startups para ficar de olho
Fundada em 2017 por Brannin McBee, Brian Venturo e Michael Intrator.
Capital Arrecadado: U$2.9 bilhões
A CoreWeave é uma provedora de nuvem especializada, oferecendo uma escala massiva de recursos de computação acelerada sobre a infraestrutura mais rápida e flexível do setor. A CoreWeave cria soluções em nuvem para casos de uso intensivo de computação - AI, VFX, Computational Chemistry e Pixel Streaming - que são até 35 vezes mais rápidas e 80% mais baratas do que as grandes nuvens públicas generalizadas
Para esta startup, as GPUs Nvidia são moeda corrente
“A CoreWeave, uma startup de computação em nuvem apoiada pela Nvidia e pela Magnetar Capital, garantiu uma linha de crédito de US$ 2,3 bilhões usando as GPUs H100 da Nvidia como garantia. A empresa pretende usar esse dinheiro para comprar mais chips de última geração, entre outras coisas.
Se sua cabeça dói, deixe-me tentar resumir: a Nvidia investiu na CoreWeave, que depende dos produtos da Nvidia, e agora esses produtos da Nvidia estão sendo usados como garantia para comprar… o que provavelmente é mais produtos da Nvidia. Fantástico”.
🤖 AiaiAI
Desbravando a Inteligência Artificial
Consensus é um mecanismo de busca cuja a missão é usar a IA para tornar a ciência acessível. Você faz uma pergunta e ele aponta vários recursos embasando as respostas para te ajudar na pesquisa.
A busca é feita dentro de artigos científicos da Semantic Scholar, uma base de 200 milhões de papers.
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